Buscaremos compreender partindo do princípio de que quando falamos sobre Forró Pé de Serra ou Forró de Raiz, diz respeito a tudo aquilo produzido por um grupo social específico, seja no plano material ou no plano imaterial, desde artefatos e objetos, até ideais e crenças; e ao mesmo tempo toda habilidade humana empregada de cada um dos grupos humanos, povos e nações condensadas por meio de segmentos(1) fundamentados em matrizes(2) distintas; além disso, é também todo comportamento aprendido, de modo independente da questão biológica; ou seja, Forró de Raiz é adjetivo de um tipo de cultura distinta. Friso, que o conceito de cultura é um conceito-chave a ser considerado ao se estabelecer a relação entre educação e sociedade. Não há sociedade sem cultura e não se fala em cultura sem a referência a uma relação social.
Existem dois mundos no qual o homem entra em contato, são eles: o primeiro é o que chamamos de Natureza. É o mundo que não depende do homem para existir, do qual os próprios homens fazem parte em seus aspectos biológicos, fisiológicos. E existe outro aspecto que é, sem dúvida, o mais significativo, que é o que chamamos de cultura – mundo transformado pelo homem. A primeira coisa que leva os homens a fazerem cultura é a necessidade, e o primeiro instante é o de garantia da sobrevivência. Entretanto, no momento em que os homens tentam interferir na natureza para satisfazer algumas necessidades, eles já põem em ação sua razão e sua criatividade, elementos inseparáveis. Enfim, para entendermos o preceito do Forró de Raiz como uma identidade cultural, devemos absorver como foi construído o conceito fundamental de cultura.
Sabemos que outrora, os grupos humanos se expandiram progressivamente, ocupando praticamente a totalidade dos continentes do planeta. Nesse processo, o contato entre grupos humanos foi frequente em vários lugares e épocas distintas, para sua sobrevivência passaram a se sedentarizar, vivendo em aldeias e vilas, desenvolvendo transformações para os recursos naturais disponíveis, como: agricultura e a domesticação de animais; abandonando assim o costume nômade de sobreviver. É importante considerarmos que não foram apenas os recursos naturais que possibilitaram agrupamentos, mas também por maneiras de organizar e transformar a vida em sociedade e de superar os conflitos de interesse e as tensões geradas na vida social de modo satisfatório, criando novas possibilidades de desenvolvimento. Destacamos também dentro destas variadas formas de organização social, tendências dominantes, como a de formação de poderosas sociedades com instituições políticas centralizadas.
Esses grupos sociais com o intuito de passar adiante o que aprenderam, buscaram disseminar a continuação do modo de organização que transformou a vida em sociedade naquela época. Esse propósito foi denominado de cultura – que significa um conjunto de costumes e tradições de um povo que são transmitidos de geração em geração. Destaco que a cultura passou a ser transmitida por meio da linguagem para as gerações seguintes, ou seja, ela era repassada pelos mais experientes (pais ou parente mais velho) para os novatos (filhos ou parente mais novos) através do dia a dia. Friso, que a linguagem sempre foi o meio que o ser humano utilizou para se expressar e se comunicar com os seus semelhantes. Ela serve para expressar desejos, ordens, pedidos, sentimentos.
Enfim, para revelar opiniões, expor raciocínios, repassar conhecimento dentre outros. A linguagem está presente nas diversas situações de comunicação: na conversa, na música, na dança, nos gestos, na pintura, na gastronomia entre outros. Sendo assim, mediante essas linguagens a cultura foi sendo transmitida através da tradição desde os tempos primórdios. Enfatizo que tradição é algo a ser transmitido e preservado em uma rede de obrigações na qual aquele que recebe cria um vínculo com o doador que visa determinar suas ações, mas tal transmissão não é necessariamente pacífica, nem implica em atitude meramente passiva do ator social sob o qual a tradição exerce seu peso. O processo de transmissão implica aceitação e assimilação, mas pode provocar, também, contestação e conflito, dando-se em um contexto necessariamente reflexivo que determina transformações nos padrões tradicionais que podem não apenas agir de forma externa e periférica, mas determinar mudanças que atuam no núcleo mesmo dessas tradições, alterando todo seu sentido(3).
Em suma, toda tradição é uma escolha feita com base em um repertório histórico. Determinados acontecimentos, locais e personalidades são selecionadas e transfiguradas de forma a se enquadrar em um corpo de tradições que recolhe o passado e o guarda, mas não de forma aleatória, nem inocente, nem totalizante. A tradição é corporificada em dois conceitos, são eles: a memória autobiográfica e a memória histórica, a primeira apoia-se na segunda e a segunda é mais ampla e geral que a primeira(4). No século XIX, os filósofos afirmaram sua confiança plena e total no saber científico e na tecnologia para dominar e controlar a natureza, a sociedade e os indivíduos. Eles acreditavam que a sociologia e a antropologia iriam oferecer um saber seguro e definitivo sobre o modo de funcionamento das sociedades. Para explicar a cultura de uma forma epistemológica(5) passaram a existir duas vertentes em termos de antinomia(6); segundo o sociólogo francês Pierre Bourdieu, no seu livro denominado – O poder simbólico(7); a primeira nasceu no conceito(8) neokantiana(9) por meio do filósofo prussiano Immanuel Kant(10), que entendia cultura enquanto instrumentos de conhecimento criados no exercício da liberdade(11).
No século XIX, o antropólogo britânico Edward Tylor, considerado o pai do conceito moderno de cultura, endossa a generalidade da filosofia do conhecimento da primeira vertente; justificando que os animais são seres naturais, pois a natureza é governada por leis necessárias de causa e efeito. Entretanto, os humanos são seres culturais, pelo fato que a cultura é a criação coletiva de ideias, símbolos e valores pelos quais uma sociedade define para si mesma o bem e o mal, o belo e o feio, o justo e injusto, o verdadeiro e o falso, o puro e o impuro, o possível e o impossível, o inevitável e o casual, o sagrado e o profano, o espaço e o tempo. Sendo assim, a cultura se manifesta como vida social, como criação das obras, pensamentos, como vida religiosa e vida política. No mesmo século, o filósofo alemão Hegel afirmou que os seres humanos, as sociedades, as ciências, as artes e as técnicas melhoram com o passar do tempo, acumulando conhecimentos e práticas, aperfeiçoando-se cada vez mais de modo que o presente é melhor e superior se comparado ao passado, e o futuro será melhor e superior se comparado ao presente.
Essa concepção levou à ideia de progresso. Quem também era adepto a esse conceito, foi o filósofo francês Augusto Comte. Saber em que medida as culturas variam e quais as razões da variedade das culturas humanas são questões que provocam muita discussão; sendo assim, na Europa, dentro dos países que se julgavam civilizados, um grupo de pensadores iniciou uma discussão sobre a cultura, que resultou na teorização científica que a humanidade teria passado por etapas sucessivas de evolução social, e a conduziram desde um estágio primordial onde se iniciou a distinção da espécie humana de outras espécies animais até a civilização tal como conhecida na Europa ocidental na época. Por meio disto, todas as sociedades humanas fariam necessariamente parte dessa escala evolutiva, dessa evolução em linha única. Assim, a diversidade de sociedades existentes no século XIX representaria estágios diferentes da evolução humana; essa vertente foi denominada: “hierarquia das raças”.
Um dos primeiros trabalhos publicados sobre essa tese foi: “Essai sur l’inégalité des races humaines(12)”, do conde francês Arthur Gobineau em 1853; que procurou explicar a heterogeneidade das raças, através de uma suposta “beleza das formas - força física e da inteligência”, consagrando assim as nações de “raças superiores” e “raças inferiores”. Em 1855, foi adotada a obra do filósofo inglês Herbert Spencer, denominada: “The Principles of Psychology(13)”, com o objetivo de fortalecer essa vertente. A tese de Spencer ficou conhecida como “A lei do mais forte(14)”. Em 1859 surgiu a Sociedade de Antropologia, fortalecendo o pensamento de que todas as culturas humanas estavam num único e rígido esquema de etapas. Em 1859, o naturalista britânico Charles Darwin(15), apresenta a Teoria da Evolução através do livro: “On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life(16)”.
Darwin expõe nesta obra, seu conceito sobre a evolução das espécies, buscando exibe evidências por meio da diversidade biológica; explicando que a evolução foi resultado de um processo de descendência com modificação, onde os organismos vivos se adaptam gradualmente através de uma seleção natural e as espécies se ramificam sucessivamente a partir de formas ancestrais. Contudo, na virada do século, sua obra é reinterpretada e associada à teoria denominada Gobineau, pelo psicólogo social e sociólogo francês Gustave Le Bon; assim como, o antropólogo francês Georges Vacher de Lapouge. Eles eclodiram a ideia original da sobrevivência dos indivíduos que foi sendo gradualmente transformada em o conceito da sobrevivência de indivíduos superiores aos seus ancestrais extintos, até finalmente tornar-se dominação dos seres superiores na “cadeia alimentar” ou na “escala evolutiva”.
Então inspirados em três ideologias, que foram: o positivismo, o evolucionismo e o racismo; construíram um conceito de inferiorização através da obra de Gobineau, definido os seguintes estágios evolutivos: o estágio da selvageria; o estágio da barbárie, e o estágio da civilização. E por meio deste entendimento, classificaram dentro da escala unilinear, o povo ariano(17), assim como seus descendentes(18), a raça “pura”; ou seja, a raça superior, pois eles já teriam passado por aqueles estágios, tornando-se o ápice da civilização. Paralelamente, era semeado esse conceito através dos grandes meios de comunicação, desde os jornais ilustrados mais populares, como: “Le Petit Parisien ou Le Petit Journal”; assim como as publicações de caráter "científico", como: “La Nature ou La Science amusante”, passando por revistas de viagens e de exploração, como: “Le Tour du Monde e o Journal des Voyages”, apresentam a populações a ideia de estágios da humanidade.
Não foi difícil perceber nessa concepção de evolução por estágios uma visão europeia da humanidade, uma visão que utilizava concepções europeias para construir a escala evolutiva, e que além do mais servia aos propósitos de legitimar o processo que se vivia de expansão e consolidação do domínio dos principais países capitalistas sobre os demais povos do mundo. Os países europeus utilizando a ideia de nações de “raças superiores” e “raças inferiores” justificando a população, que as civilizações não europeias são, evidentemente atrasadas, mas passíveis de serem civilizadas, portanto colonizáveis. Em tal contexto, a edificação de um império colonial podia crescer com a consciência tranquila, instituindo a desigualdade jurídica, política e econômica entre europeus e “nativos”, com base no racismo endêmico, uma vez que os governos encontram argumentos dentro da teorização científica de que fora da Europa só havia selvagens e bárbaros recém-saídos das trevas, discurso que será ardentemente defendido pelas exposições coloniais. Dentro desta pregação os limites territoriais do império são, de fato, traçados, sucedendo-se a “missão civilizadora”.
Enfatizo, que a ideia de cultura foi uma construção de pensamentos com o propósito de descrever formas de conhecimentos dos Estados nacionais dominantes que se formavam na Europa a partir do fim da Idade Média. Os quais só tinham acesso setores das classes dominantes desses países. Esses conhecimentos denominados eruditos, se contrapunham aos conhecimentos possuídos pela maior parte da população, que foi intitulado pelas camadas predominantes, como: inferior. Então, foi determinado que os conhecimentos proferidos pelos setores das classes dominantes sociais fossem chamados de “cultura”, todavia, os conhecimentos transmitidos pelas classes consideradas ínferas, fossem denominadas de “folclore(19)”. Segundo o historiador inglês Peter Burke(20) houve uma convivência outrora entre a cultura e folclore, até que um processo político hegemônico provocou um distanciamento que se transformou numa separação ideológica:
".... O termo “cultura popular” tem um sentido diferente quando usado por historiadores para referir-se: à Europa por volta do ano de 1500, quando a elite geralmente participava das culturas do povo, e ao final do século XVIII, quando a elite tinha geralmente se retirado".
Isto é, a elite aprendeu cantigas infantis, danças, músicas e brincadeiras pertencentes ao mundo do folclore, ao mesmo tempo que frequentava as escolas superiores e academias de arte em um mundo contrastante com o mundo das classes baixas. Pode-se falar que existiu uma convergência entre o folclore e a cultura. Todavia, quando o folclore era inserido em uma cultura hegemônica, sofria limites para ser observada e era compreendida como elemento primordial de um povo; ou seja, seus valores e sua filosofia eram colocados como elementos pertencentes ao exótico, típico de um olhar etnocentrista. Entretanto, no século XIX, aos poucos passou também a ser entendida como uma forma de cultura, sendo nomeada de “cultura de massas”, um termo utilizado para fazer antagonismo entre a educação recebida pelas massas e a educação recebida pelas elites.
No final deste século, com a chegada da Segunda Revolução Industrial, a expressão “cultura de massas” passou a designar também o consumo de alguns bens e serviços da sociedade industrializada. Contudo, o termo, tal como é visto atualmente, especialmente por sua natureza comercial e manipulativa, consolidou-se após a Segunda Guerra Mundial. Theodor Adorno e Max Horkheimer fundaram em 1923, a Escola de Frankfurt. Eles criaram o termo “Indústria Cultural”. Esse termo faz referência aos grandes conglomerados midiáticos globais detentores dos meios de comunicação de massa. Eles são utilizados na padronização de produtos, notícias, serviços, etc. Adorno e Max distribuem a cultura em três diferentes tipos, são elas:
• Segundo eles, a cultura popular – abrange aquilo que nasce do gosto do próprio povo que a consome. Sem necessidade da propagação dos meios de comunicação, ela é caracterizada pela expressão da identidade cultural de uma sociedade. Ela é geralmente apropriada pela Indústria Cultural, fazendo com que ela seja massiva e distribuída. Todavia, friso que a cultura popular deve ser compreendida a partir do significado do contexto sociocultural, histórico, econômico e essencialmente político. Ela é uma manifestação em repúdio a uma ordem dominadora, buscando um progresso social por meio da superação contra a opressão, a desigualdade, e a exploração de uma parte da sociedade. Sinteticamente, a cultura popular é a expressão política de grupos igualitários, que se mobilizam em defesa de interesses específicos frente a outras classes sociais ou ao próprio Estado. É uma mobilização política em torno de questões e interesses de base sociocultural e econômica.
• Adorno e Max explicam que a cultura erudita – é um tipo de cultura que tem como destino as elites, pessoas com poderio econômico privilegiado. Seu consumo, por consequência, será menor, porém lucrativo. Portanto, seja a cultura popular ou erudita, cada uma abrange gostos de parcelas da sociedade, ou seja, de qualquer forma, o intuito, enfim, será apenas um: lucrar. Entretanto, ressalto que ainda hoje é perceptivo que as instituições dominantes, enxerguem a cultura popular pensado sempre em relação à cultura erudita, à “alta cultura”, a qual é de perto associada tanto no passado como no presente, pelas classes influentes. Justificando que a cultura erudita desenvolveu um universo de legitimidade própria, expresso pela filosofia, pela ciência e pelo saber produzido e controlado em instituições da sociedade nacional, tais como a universidade, as academias, as ordens profissionais (de médicos, advogados, engenheiros e outras).
Enquanto a cultura popular são expressões diferentes da cultura dominante, são manifestações empíricas de classes consideradas ínferas, que estão fora de suas instituições, que existem independentemente delas, mesmo sendo suas contemporâneas. Destaco que no começo do século XX, o conflito binário entre povo e elite foi substituído por centro e periferia, e não raras vezes, encontramos o termo “popular” sendo substituído pelo termo “local” ou “regional”. Deduzindo-se assim que os conflitos existentes no campo ideológico e político entre cultura popular e cultura de elite foram criados como uma das maneiras de afastar as duas culturas e ao mesmo tempo, reforçar a hegemonia de uma sobre a outra, no caso, da cultura de elite sobre a cultura popular.
• Por fim, a cultura de massas (ou “cultura pop”) – é um produto realizado pela Indústria Cultural, isto é, ela tem o intuito de motivar um ciclo entre a sociedade e o consumo, massificando a produção intelectual da sociedade e inserindo a mesma em uma cláusula que determina suas ações e comportamentos; ou seja, é um produto padronizado e pré-definido para o consumo imediato. Evidencio que a cultura de massa é muito distinta da “cultura popular” e da “cultura erudita”. Contudo, ela incorpora seus atributos, banalizando-os e esvaziando-os de seu conteúdo original. Isso porque ela valoriza somente os aspectos que caem no gosto da massa e possuem potencial para lucro. Ou seja, a cultura de massas padroniza e homogeneiza os produtos. Destaco que isso gera o mesmo efeito nos consumidores, os quais são induzidos a desejos e necessidades superficiais.
Tudo isso tem uma meta muito clara: as vendas e o consumo. Desse modo, substitui-se a vasta gama de cultura erudita e cultura popular, por simulações dessas culturas autênticas. Esses artifícios devem satisfazer um denominador comum, para um consumidor comum. Isso sugere a simplificação dessas culturas para vendê-las em larga escala, segundo a lógica do capitalismo industrial e financeiro. Outro fato bastante conhecido sobre a cultura de massas é sua associação aos meios de comunicação de massas. As inovações tecnológicas, como o cinema, o rádio, a televisão e, recentemente, a internet, aceleraram ainda mais o processo de homogeneização cultural. Note que estas inovações foram utilizadas desde os primórdios com finalidades políticas. As mídias são porta-vozes da Indústria Cultural e dominam o campo da comunicação. Elas se tornam sobrevalorizadas em relação aos receptores das mensagens, legitimando-se e ficando mais forte na mesma medida em que os receptores se tornam iguais e fracos.
Além de homogeneizar os padrões culturais, os canais midiáticos são os principais responsáveis pela alienação dos consumidores. Isso tudo por meio dos produtos culturais em série, os quais não conseguem mais enxergar toda a cadeia de eventos que envolve a Indústria Cultural e seu produto: a cultura de massas. Isto é, a cultura de massa é produto direto originado da Indústria Cultural. Ele abrange todo e qualquer tipo de expressão cultural produzida com o intuito de atingir grande parcela da população. Esse modo de atingir e estender ideias/conceitos de um produto denota o único objetivo: gerar comércio. Ou seja, a cultura de massa apresenta como função estabelecer a geração de produtos para consumo abrangente do meio social. A lógica implementada pela cultura de massa segue os conceitos do capitalismo e do consumismo. A busca pela padronização dos produtos é uma forma de atingir uma parcela homogênea da população.
Dessa forma, essa cultura de massa cerne um padrão previamente estabelecido. Esse padrão comporta características pré-definidas com o intuito de atingir o público, a fim de estimulá-los ao consumo imediato. Enfim, cultura de massa pode ser tudo o que abrange a cultura pop – designação referente aos anos 2000. Música, filme, dança, seriados televisivos, esportes, desenhos, moda e o que mais abranger. Cada item que abrange gosto de parcela da sociedade é definido como elementos referentes à Indústria Cultural. Ela, assim, se apropria destas preferências, comercializando-as, transformando-as em cultura de massa. Os meios de comunicação auxiliam nesta propagação. A televisão, o rádio, os jornais e, atualmente, a internet são os aliados primordiais da cultura de massa. Eles serão os alicerces principais na propagação, homogeneização e alienação popular. As disseminações dos produtos, assim, serão fundamentais para fazer destes uma cultura massiva. É válido sempre destacar que a palavra massa/massiva não é significado de classes sociais segmentadas. O termo é utilizado como referência à formação majoritária da população. Os produtos oriundos desta cultura apresentam características particulares. Desta forma, a Indústria Cultural produzirá características pontuais dentro da cultura de massa, tais como:
- Alcance dos produtos disseminados;
- Difusão em larga escala por diferentes meios de comunicação;
- Manifestações artísticas e culturais se alinham aos interesses da maioria;
- O mercado padronizar os produtos;
- Bens culturais são transformados em mercadorias.
- Na instrumentação: inclusão de novos instrumentos musicais, como: a guitarra, o contrabaixo, o sintetizador.
- Na contextualização: as novas situações expressadas pelos textos que não fazem parte do discurso produtivo tradicionalista plural do Nordeste; mas das experiências urbanas dentro de uma narrativa contemporânea.
- Na dança: expressões que sofreram fricção para serem introjetadas através de performances em deslocações corporais.
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