HISTÓRIA DO XOTE

 ORIGEM DO XOTE

Imagem de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga

Foi na década de 1940, que o sanfoneiro, cantor, letrista e compositor pernambucano: Luiz Gonzaga junto com o músico, letrista e compositor cearense:  Humberto Teixeira acreditaram que existia uma necessidade de lançar fonograficamente um gênero musical de origem demográfica nordestina que fosse lento e com um contexto romântico. Portanto, buscando nas suas memorias sensoriais referências da sua região natal através das danças e músicas populares lembraram do chotis. Sendo assim em 1947, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira lançaram a canção “No meu pé de serra ” pela gravadora RCA Victor, com um discurso que eles urbanizaram um gênero musical sertanejo nordestino brasileiro inspirando em um gênero escocês que fez muito sucesso outrora no brasil, a Schottisch. Em 1950, o conjunto 4 Ases Um Coringa gravou pela RCA Victor a canção Adeus Guiti (Humberto Teixeira e Carlos Barroso).

Contudo, ainda no mesmo ano citado, o Xote chega nas paradas de sucesso  com a canção “Cintura fina ” (Luiz Gonzaga e Zé Dantas) pela gravadora RCA Victor. Em 1953 outra canção de Luiz Gonzaga e Zé Dantas ficou seis meses na parada de sucesso (O xote das meninas). Em 1956, Pedro sertanejo grava pela Copacabana, a música “Roseira do Norte” de sua autoria e Zé Gonzaga. Jackson do Pandeiro  também começa a gravar Xote no mesmo ano pela gravadora Copacabana, lançando a canção “Moxotó ” de sua autoria e do compositor e letrista Rosil Cavalcanti. Mas foi em 1957 com a cantora Marinês que o Xote retornava à parada de sucesso nacional com as canções “Peba na pimenta” (João do Vale/José Batista/Adelino Rivera) e “Pisa na fulo” (João do Vale/Ernesto Pires/Silveira Jr) gravadas pela Sinter. Jackson também se destaca com a canção “Chote de Copacabana” de sua autoria.

Por meio do sucesso que Marinês obteve através da canção “Peba na pimenta” no ano anterior, foi convidada em 1958 pelo cineasta Roberto Faria para participar do filme “Rico ri à toa”. Em 1962 já na gravadora RCA Victor, a cantora Marinês grava outro sucesso “Maria Chiquinha” (Geysa Boscoli e Guilherme Figueiredo), regravada depois por Sandy & Junior. Em 1970, o Trio Nordestino gravou dos compositores e letristas Antônio Barros e J. Luna, o xote “Procurando tu” pela gravadora CBS, que se transformou no seu maior sucesso vendendo mais de um milhão de cópias e levando-os das paradas sertanejas para as rádios dos mais diversos segmentos em todo o país. O sucesso nacional levou o Trio Nordestino a permanecer no primeiro lugar do programa de Sílvio Santos na Televisão durante 90 dias.

Por conta da alta vendagem receberam o Troféu Chico Viola, uma premiação organizada pela Associação dos Funcionários das Emissoras Unidas (AFEU) e exibida pela TV Record de São Paulo. Neste ano, em vendagem de disco só ficaram atrás de Roberto Carlos. No final da década de 1960, surge na mídia um cantor e compositor nordestino, chamado: Gilberto Gil, que buscando dar liberdade a sua expressividade musical para transitar livre por todos os gêneros e comportamento musical, intitula sua obra como: música popular feita no Brasil (que ficou conhecida depois como MPB). Justificando que sua alma musical está em plenitude com a música de terreiro, tribal e pop. Sendo assim, Gil demonstra nas suas canções grande influência do seu habitat nordestino; todavia, ele realizou uma releitura dos gêneros musicais ancestrais do nordeste brasileiro.

Então, em 1973 Gilberto Gil gravou o xote “Eu Só Quero Um Xodó” (Dominguinhos e Anastácia) no álbum “Cidade Do Salvador”. Trazendo para o mercado fonográfico uma versão do xote nordestino dentro de uma perspectiva MPB. Essa canção tornou-se sucesso nacional na época e até hoje é uma das maiores referências do gênero. Em 1975, o Xote na versão “Pé de Serra” volta as paradas de sucesso nacional com a canção “Severina Xique-Xique” (Genival Lacerda e João Gonçalves) interpretada pelo cantor e compositor paraibano Genival Lacerda, vendendo na época cerca de 800 mil cópias. No mesmo ano, Gilberto Gil gravou novamente um Xote de Anastácia e Dominguinhos no Álbum Refazenda, chamado “Tenho Sede”, que logo tornou-se sucesso nacional. Inspirados nessa forma MPB de executar o gênero surgiu novas composições e vários intérpretes.

Destaco a canção “Canta coração” (Geraldo Azevedo/Carlos Fernando) gravada em 1979 por uma cantora paraibana, chamada: Elba Ramalho, no disco “Ave de Prata” pela CBS. No mesmo ano, um dos compositores (Geraldo Azevedo) da canção citada, gravou outro Xote chamado: “Taxi lunar” (Zé Ramalho/Geraldo Azevedo/Alceu Valença) no disco “Bicho de 7 Cabeças” pela gravadora CBS. Ainda no ano de 1979, a banda baiana chamada “A Cor do Som” gravou um Xote de Gilberto Gil e Dominguinhos pela gravadora Atlantic, chamado: “Abri a porta”, que atinge as paradas de sucesso nacional com na versão MPB. Contudo, no mesmo ano surge nas paradas de sucesso a canção “Radinho de Pilha ” (Namd e Graça Góis) interpretada por Genival Lacerda mantendo o Xote “Pé de Serra” em atividade nacional.

No ano de 1982, o cantor e compositor pernambucano Alceu Valença gravou pela Universal Music Ltda, dois Xotes em uma versão urbana, tornando-se clássicos em sua carreira, foram elas as canções “Tropicana” e “Como Dois Animais” de sua autoria. Mas é em 1984 que o Xote na versão “Pé de Serra” retorna as paradas de sucesso nacional como trilha sonora da novela “Tieta do Agreste”, com o Trio Nordestino por meio da canção “Neném mulher” (Pinto do Acordeon) pela gravadora Copacabana. É relevante destacar que em 1984 a cantora baiana Gal Costa gravou a canção “Tem pouca diferente ” (Durval Vieira) com o cantor, sanfoneiro, letrista e compositor Luiz Gonzaga no Álbum – Profano pela gravadora RCA. No ano de 1992, um Xote tornou-se sucesso em toda região Nordeste em plena época do São João, foi a canção “Caboclo sonhador” (Maciel Melo) interpretada pelo cantor, sanfoneiro e compositor Flávio José através da gravadora Polysom.

No ano de 1995 Flávio José chega também ao público do Sudeste (nos subúrbios das grandes metrópoles onde habitava relevante quantidade de migrantes de origem nordestina e seus descendentes) com a canção “Tareco e mariola” (Petrúcio Amorim) através da gravadora LBC. No ano posterior o Xote chega de novo nas paradas de sucesso nacional com o cantor, compositor, dançarino e ator sul-mato-grossense: Ney Matogrosso, com a canção “Homem com H” (Antônio Barros) pela gravadora Continental no Álbum Sangue Latino. Em 1997, o cantor e compositor cearense Fagner gravou a canção “Espumas ao vento” (Accioly Neto) no Álbum – Teatral, lançado pela BMG Brasil. E torna-se sucesso em todo o Nordeste. Contudo, é no ano de 2003 que a canção se tornou conhecida por todo o país através da voz da cantora e compositora carioca Elza Soares por meio da trilha sonora do filme – Lisbela e o Prisioneiro, uma produção da Globo Filmes dirigida por Guel Arraes.

Entretanto, ela foi gravada com uma versão contemporânea com o objetivo de agregar a adaptação constituída pelo diretor da peça de teatro homônima de Osman Lins. Em 2000, Gilberto Gil faz sucesso nacional novamente com o Xote na versão “Pé de Serra” por meio da trilha sonora do filme “Eu, Tu, Eles” dirigido por Andrucha Waddington com o roteiro de Elena Soarez, uma produção da Conspiração Filmes. A canção chama-se “Esperando na janela” (Tagino Goldin, Manuca e Raimundinho do Acordeon). Ainda no mesmo ano, surgiu no Sudeste do país um grupo denominado de Falamansa, que lança um grande sucesso no gênero musical, foi a canção “Xote dos milagres” (Tato) no álbum – “Deixa entrar” pela gravadora Deckdisc. Tornando-se pioneiro dentro do estilo musical – Forró Pé de Serra, pelo fato de ser o primeiro grupo não nordestino a fazer sucesso no segmento.

Concluindo, em 2001 surge uma regravação  da canção “Ana Maria” (Janduhy Finizola) pelo cantor cearense Santanna através da gravadora Special Discos, que chega ao sucesso nacional levando o xote novamente para a mídia. Em suma, percebemos que esse gênero musical atravessou décadas, gerações e regiões demográficas se consolidando no mercado fonográfico brasileiro. Todavia, quem foi esse gênero que lhe inspirou e como chegou ao Brasil em qual período? Para sanarmos essas dúvidas teremos que fazer uma viagem no tempo, especificamente em 1848, quando surge no Reino Unido uma dança muito semelhante a dança de origem Alemã, chamada de Polca. Ela começa a fazer sucesso nos salões da Inglaterra e França. Os alemães compreendendo que aquela dança surgiu na Escócia (Schottland), logo intitulam o gênero musical de Schottisch  que significa escocês em alemão.

Imagem da Schottisch como “danças de concerto e/ou danças de salão” na década de 1830

Ela tornou-se bastante popular na Europa em meados do século XIX. A Schottisch se converteu em um sucesso tanto da corte quanto na burguesia e precisava de uma música própria, sendo assim, os coreógrafos começaram a criar um gênero musical distinto para aquela dança fabulosa. Então, ergueu-se um novo gênero que influenciou décadas depois vários outros gêneros musicais, em países e épocas diferentes; como: o Fado (Portugal), o Rhythm and Blues (Estados Unidos), o Reggae (Jamaica) e o Xote no Brasil. No período aproximadamente compreendido como II Império (1841-1889), a sociedade brasileira conheceu diversas mudanças estruturais, sejam elas físicas com transformações na paisagem urbana, como também cultural, o comportamento das elites gradativamente foi se alterando, buscando adaptar e se equiparar àquele que era considerado como o exemplo máximo de civilidade; o europeu, mais precisamente o francês.

Usos e costumes foram importados e introjetados por uma elite burguesa. Sendo assim, no século XIX  passou a existir grandes eventos sociais no Rio de Janeiro e por meio disso começou a serem compostas  várias músicas, principalmente nos gêneros musicais: Schottisch, Quadrilha, Polca, Valsa, Redowa e Mazurca. Por exemplo, em 1856 foi impresso o primeiro álbum de danças de salão no Brasil, chamado “Rio de Janeiro: Álbum pitoresco-musical”, no qual continha sete músicas de salão com nomes de regiões da Província do Rio de Janeiro (Elas são precedidas de litogravuras do referido bairro por Alfred Martinet. É uma obra de grande interesse histórico tanto pelo conteúdo musical quanto pelo iconográfico). São elas: 

1. Demétrio Rivero - Botafogo (quadrilha);

2. Eduardo [Medina] Ribas - Gloria (polca);

3. Salvador Fabregas - Jardim Botânico (valsa);

4. Geraldo Horta - Boa viagem (redowa);

5. Quintino dos Santos - São Cristóvão (schottisch);

6. J. J. Goyanno - Tijuca (polca-mazurca);

7. A. Campos - Petrópolis (quadrilha).

Logo foi inevitavelmente a proliferação da Schottisch no século XIX, que chegou a população sem representatividade; ou seja, tornou-se popular. Um exemplo deste fato é mencionado pela musicóloga, folclorista e jornalista Mariza Lira, relata no seu artigo intitulado “Brasil sonoro” que era um costume no século XIX, o namorado encomendar a um compositor uma Schottisch em homenagem a sua amada. “… os namorados da época davam às suas escolhidas, como presente, a encantadora schottisch que iria traduzir o encanto dos olhos desejados ”. Outro fato relevante para sua disseminação nas classes sociais inexpressivas foi o início do registro sonoro por meios mecânicos, através do processo de gravação de discos, houve uma transformação no mercado musical; ou seja, a expansão da música gravada levou o seu consumo para além do ambiente privado das elites.

Em 1908, o pianista Aurélio Cavalcanti, assumiu o cargo de diretor da Orquestra do Cinema Parisiense compondo músicas para sincronização com os filmes exibidos neste período. Ele foi considerado grande divulgador da glamorosa Schottisch europeia. Sendo assim, em 1890, Aurélio tornou-se muito solicitado nos bailes tradicionais da elite da época e em 1912, foi gravada de sua autoria, a música “Simpática”, através da gravadora Casa Edison, pela banda da gravadora. Também lhe é atribuída a schottisch “Magistral” gravada em 1916, pelo acordeonista Giuseppe Rielli . Com a popularização da indústria fonográfica vai surgir a oportunidade para a Schottisch brasileira, surgindo outros grandes compositores desse gênero, como: o maestro, arranjador e saxofonista – Anacleto de Medeiros.

Regente da banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, que se tornou famosa em 1902, por gravar uma faixa em um – 78 rotações pela gravadora “Casa Edison”. Em 1912, Medeiros faz parceria com o músico “Catulo da Paixão” (Cearense) e lançam a Schottisch  “Rasga Coração”, que inicialmente iria se chamar “Iara”; música que se tornou sucesso na época. Também é de sua autoria a Schottisch “Implorando”. Destaco o multi-instrumentista e compositor Irineu de Almeida, que em 1906, compôs a Schottisch, chamada: “Os olhos dela”, onde fez parceria com o músico e poeta “Catullo da Paixão”, que criou uma bela letra para a canção. Essa Schottisch foi gravada pela banda da gravadora “Casa Edison” e fez um relativo sucesso na época. Também de sua autoria a Schottisch “Princesa de cristal”, gravado pela Banda Escudero na Odeon.

Destaco que a palavra Schottisch (que significa Escócia em alemão) tomou forma derivada no linguajar popular brasileiro da época, passou por um processo de alterações de palavras na boca do povo, criando corruptelas derivadas desta palavra, como: eschottischi, chottische, chotthe, até chegar chote ou chóte na década de 1920. O musicólogo português Ernesto Vieira acrescenta com a seguinte afirmação: “A schottisch, em sua versão oitocentista, caiu em desuso no início do século XX, mas popularizou-se, a partir de então, com o nome de chotis , sendo praticada até hoje”. Entretanto aproximadamente em 1955, a corruptela sofre outro processo de derivação ortográfica, passa a se chamar de Xote. Todavia, não só foi o nome do subgênero que sofreu um processo de derivação, na segunda metade do século XIX, surgiu no Sudeste do país uma maneira peculiar de executar essas músicas dedicadas as danças de salão europeias.

Manifestou-se uma forma sincopada de se interpretar músicas estrangeiras (causada pela influência da música africana) era uma maneira distinta de se executar os instrumentos; ou seja, empregar frases ornamentadas em sincopes; assim como utilizando de improvisações; porém aos poucos a música gerada sob o improviso dos chorões  foi perdendo as características dos seus países de origem e essa forma brasileira de desempenhar os instrumentos, a princípio proliferou na capital federal, secundariamente nas capitais estaduais mais relevantes na época e cidades portuárias. Em suma, foi por volta de 1860 que começou a existir duas correntes distintas da Schottisch no Brasil, sendo uma na região Sudeste e outra na região Sul. O historiador pernambucano Pereira da Costa declarou:

“...a schottisch perdurava com muita vitalidade até ainda na 1ª década do século XX. Foi das danças exóticas européias, uma das que mais se adaptou ao gênio brasileiro. A produção de schottisch impressa nos fins do séc. XIX e princípios deste foi imensa no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo”.

Sendo assim, como citamos anteriormente na região Sudeste ela sofreu profundas alterações através dos conjuntos regionais, pelo fato de ter sido mesclada com gêneros musicais brasileiros, como o lundu e a modinha. Essa adaptação gerou secundariamente, uma descriminação propagada pela sociedade brasileira, que a identificou como música destinada à arraia-miúda, pelo motivo da prática de danças consideradas ordinárias. Observe o depoimento do folclorista e músico paulista Mário de Andrade: “Composições no geral melosas, com nomes duma doçura estapafúrdia e melódica bem caracterizadamente nacional. Se adaptou mesmo tanto, que no seu corte rítmico apareceram por aqui muitas modinhas populares”. Ou seja, quanto mais popular ela se tornava ia perdendo o glamour europeu, sendo vista por um olhar pejorativo, como podemos observar no depoimento do maestro e folclorista carioca Luciano Gallet: “Afasta-se inteiramente da estrangeira. Em grande uso, não há muito tempo, não se dança mais agora. Compasso muito regular, acentuações nítidas e colorido exagerado. Existe grande quantidade de schottisch de caráter triste e expressivo”.

Todavia, existia outra corrente executada na região Sul que era submetida a uma certa resistência em mudanças, pois ela é composta por músicos das colônias constituídas pelos imigrantes  europeus; dentro de um conceito de tradição das danças e das músicas de seus ancestrais. Diante disto, são perceptivas as características distintas entre as regiões por meio das execuções e composições do gênero musical escocês, desde as linhas melódicas até mesmo na preposição rítmica. É aproximadamente em 1919 que surge relatos sobre o fato do estilo brasileiro de executar a Schottisch na zona urbana chegar ao interior do país; entretanto, ela passou a ser executada no Nordeste diferente tanto daquela praticada nos salões da elite regencial do Rio de Janeiro, como daquela realizada no Rio Grande do Sul. A folclorista paulista Maria Giffoni relata com detalhes sobre o tema citado na sua pesquisa: 

“[...] Deu origem a várias danças brasileiras antigas, como o Serrote e a Jararaca, variações do chotis no norte do país, e a Arrepiada. A sua influência atingiu o século XX, no qual são conhecidas modalidades dessa dança, em Mato Grosso e Rio Grande do Sul. A influência e a difusão do Chotis foram tão grandes que a Chimarrita européia passou a ser dançada neste Estado, no século XIX, por pares enlaçados, com aspecto de chotis”.

TEXTO ATUALIZADO - 29/01/2022.

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Link para a história da dança do Xote.

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EVANGELISTA, Raymundo; SILVA, João. Flor de Croatá. In: SILVA, JACINTO. Eu chego já. Tropicana, 1973. L. A (01282a) faixa 1; 1 disco (45 min.): 33 1/3 rpm, microssulcos, mono. 12 pol.

______; SILVA, João. Flor de Croatá. In: MARINÊS E SUA GENTE. Nordeste Valente. CBS, 1976. L. A (104333a) faixa 4; 1 disco (45 min.): 33 1/3 rpm, microssulcos, mono. 12 pol.

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GÓIS, Graça; LACERDA, NAMD. Radinho de Pilha. In: LACERDA, GENIVAL. Rio de Janeiro: Copacabana, 1979. L. B (CS – 1882 - B) faixa 1, 1 Ep (9,2 min.): 78 rpm, mono.  

LUNA, J; BARROS, Antônio. Procurando tu. In: NORDESTINO, TRIO. CBS, 1970. L. A (33661-a) faixa 1, Lp 9287 (5,6 min.): 78 rpm, mono.  

MARCOLINO, José; GONZAGA, Luiz. Numa Sala de Reboco. In: GONZAGA, LUIZ. A Triste Partida. São Paulo: RCA Camden, 1964. L. B (BBL-1320) faixa 1, 1 disco (45 min.): 33 1/3 rpm, microssulcos, mono. 12 pol.

MELO, Maciel. Caboclo sonhador. In: JOSÉ, FLÁVIO. Polysom, 1992. L. A N°60.002 - faixa 4; 1 disco (45 min.): 33 1/3 rpm, microssulcos, mono. 12 pol.

PIRES, Ernesto; JR, Silveira; VALE, João do. Pisa na fulo. Rio de Janeiro: Sinter, 1957. 1 disco (16 min.): 78 rpm, microssulcos, mono. 

RIVERA, Adelino; BATISTA, José; VALE, João do. Peba na pimenta. Rio de Janeiro: Sinter, 1957. 1 disco (16 min.): 78 rpm, microssulcos, mono. 

SERTANEJO, Pedro; GONZAGA, Zé. Roseira do Norte. Rio de Janeiro: Copacabana, 1956. 1 disco (16 min.): 78 rpm, microssulcos, mono. 

TATO. Xote dos milagres. In: FALAMANSA. São Paulo: Deckdisc, 2000. 1 disco compacto (47 min.): digital, estéreo. N° 17.11002-2. 

VALENÇA, Alceu. Tropicana. In: VALENÇA, ALCEU. Cavalo de Pau. Ariola, 1982. L. A (201.647) faixa 2; 1 disco (45 min.): 33 1/3 rpm, microssulcos, mono. 12 pol. 

______. Como Dois Animais. In: VALENÇA, ALCEU. Cavalo de Pau. Ariola, 1982. L. A (201.647) faixa 3; 1 disco (45 min.): 33 1/3 rpm, microssulcos, mono. 12 pol. 

VIEIRA, Durval. Tem pouca diferente. In: COSTA, GAL. Profano. São Paulo: RCA, 1984. L. B (103.0637-B) faixa 3; 1 disco (45 min.): 33 1/3 rpm, microssulcos, mono. 12 pol. 

FILMES E PROGRAMAS

EU, TU, ELES. Produção de Andrucha Waddington com o roteiro de Elena Soarez. Rio de Janeiro: Realização da Conspiração Filmes. 2000. Longa-metragem 35mm, BP, 97min, 2.660m, 24q.

LAMPIÃO: O REI DO CANGAÇO. Produção de Benjamin Abrahão, Edição Al Ghiu. Rio de Janeiro: Realização da Cinemateca brasileira. 1955. Curta-metragem 10 min. Preto e Branco, mono.

LISBELA E O PRISIONEIRO. Produção de Guel Arraes. Rio de Janeiro: Realização da Globo Filmes. 2003. Longa-metragem 106 min. 

RICO RI À TOA. Produção de Roberto Faria. Rio de Janeiro: Realização Brasil Vita Filmes S. A., 1957. Longa-metragem, Sonoro, Fricção, 35mm, BP, 110min, 2.740m, Dupont.  

TIETA DO AGRESTE. Direção: Reynaldo Boury, Ricardo Waddington e Luiz Fernando Carvalho. Rio de Janeiro: Rede Globo, 1989. Telenovela, 60 min, episódios 196, formato de exibição 480i (SDTV). 

PERIÓDICOS

LIRA, Marisa. O artigo Baião 1 da série Brasil sonoro (Jornal Diário de Notícias, Rio de Janeiro, 1° de março de 1958).

IMAGENS

Figura 1 – Imagem de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga na década de 1970. Imagem do acervo do Museu Cais do Sertão, Recife – PE. 

Figura 2 – Imagem da Schottisch como “danças de concerto e/ou danças de salão” na década de 1830. 1830s-ball.  

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